Deixa-me
ouvir o que não ouço...
Não
é a brisa ou o arvoredo;
É
outra coisa intercalada...
É
qualquer coisa que não posso
Ouvir
senão em segredo,
E
que talvez não seja nada...
Deixa-me
ouvir... Não fales alto !
Um
momento !... Depois o amor,
Se
quiseres... Agora cala !
Tênue,
longínquo sobressalto
Que
substitui a dor,
Que
inquieta e embala...
O
quê? Só a brisa entre a folhagem?
Talvez...
Só um canto pressentido?
Não
sei, mas custa amar depois...
Sim,
torna a mim, e a paisagem
E
a verdadeira brisa, ruído...
Vejo-me,
somos dois...
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